Não Ficção



Paola Rhoden

Alexandre, o pequeno grande

 
Sempre achei Alexandre, chamado ‘O Grande’, um carinha muito inteligente e especial. Ele tinha umas estratégias dignas do Rei que era. Uma delas costumo usar quase todos os dias: conservar os que me afrontam, após vencê-los, ao meu lado. Percebi que agindo dessa maneira, aqueles que poderiam ser meus inimigos por terem me agredido no princípio, agora são meus amigos e me protegem, porque eu os respeitei em seus domínios e pensamentos, lhes dando a liberdade de dizerem o que sentiam. Isso me rendeu um bocado de gente linda me dando apoio e carinho pela vida afora. Confesso que devo a ele esse benefício, o Magno, por ter sido sua admiradora desde criança.

Alexandre não era muito alto. Como macedonio só podia ter um porte atarracado e, segundo historiadores, abaixo da média na época em estatura. Variam as opiniões e registros sobre o assunto. Mas a mais divulgada altura do Grande Rei foi um metro e cinquenta e dois centímetros. Como vemos, ele era grande apenas nos atos e na sabedoria.

Penso que assim deveríamos ser. Grande no que fazemos e no que dizemos independente de nossa altura em centímetros.

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Às vezes erramos


Em alguns momentos da vida pensamos: ‘errei!’

Errar está no cotidiano dos seres, como não ver o sinal vermelho, comer chocolate, beber pouco líquido, ir a uma festa chique com a roupa errada, não cumprimentar o vizinho no elevador. Também podemos pensar que erramos quando deixamos de amar a companhia que nos acata por muitos anos, ou quando cortamos o cabelo muito curto.

Mas o errado que pensamos, só pode ser ‘errado’ mesmo se prejudicarmos a alguém. Principalmente se esse alguém formos nós mesmos. Do contrário, nem sabemos direito o que é não ser ‘certo’. Normas existem, mas nem sabemos se são corretas de verdade. Quem as criou poderia estar errado.

Porque comer chocolate pode prejudicar o fígado. Beber pouco líquido faz mal se tivermos problemas nos rins. Uma roupa só não está certa se não estivermos nos sentindo bem com ela. Não cumprimentar o vizinho significa que ele também não nos cumprimentou. Deixar de amar alguém pode ser o reflexo da indiferença que tenhamos sofrido por essa pessoa durante muito tempo.

E o cabelo muito curto, é só deixá-lo crescer novamente.
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