Envelope branco selado,
Com letras redondas escrito,
No verso, esse nome vedado,
Que há muito eu havia esquecido.
Não sei se devo, ou não devo,
A dúvida cruel insiste,
Pois no coração ainda existe,
Prevenção, mágoa e muito medo.
Deixo o carteiro na calçada,
Já convencida, subo a escada,
Amasso o indefeso papel.
Acertando a cesta do lixo
Jogando com ele o capricho,
amor, dor e o amargo do fel.
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