(Escrito em 01/08/2009)
O ser humano, em sua viagem pela vida neste planeta, transfere aos outros tudo aquilo do que tem medo.
Na antiguidade, era aos deuses que impingia a culpa pelas maldades que praticava ou das quais tinha receio, como a raiva e a impaciência. Hoje transfere às galáxias e aos extraterrestres, criando seres que querem sempre destruir o mundo.
O homo sapiens cria vultos, sombras, fantasmas assustadores e monstros, e além de colocá-los em seu dia a dia, envia aos seres do espaço essas características, como se vê em filmes de alienígenas. Tenta incutir na mente dos demais que as criações divinas, que são boas, podem se transformar em perigosas ameaças.
Essa transferência aos extraterrestres e outras entidades dessas maldades, faz deles os monstros que o criador desses personagens gostaria de ser.
Vamos pensar nas guerras. Em algum lugar do tempo e do espaço neste planeta, sempre há alguém guerreando. Países contra países, estados contra estados, cidades contra cidades, pessoas contra pessoas. Sempre pela ganância de possuir mais.
O homem tem a guerra no sangue.
E por que os moradores dos espaços siderais, supondo-se que existam, devem ter essas mesmas características? Por que transferir-lhes essa belicosidade?
Sabemos muito bem, que a maioria dos habitantes de nosso planeta não pensa em matar, destruir ou acabar com a vida, seja de quem quer que seja. A maioria de nós é pacata e defendemos a Paz. Mas mesmo assim se transferem os medos aos monstros criados por mente medrosas, como: 'será que amanhã vai acontecer isso ou aquilo?'
E o amanhã vira hoje, e os medos de ontem nem sempre acontecem. Aliás, na maioria das vezes eles não acontecem. Os monstros morrem por falta de quem os alimente.
Seria bom que os monstros do 'medo de ficar assim ou assado' que acomete os causadores das guerras, deixassem de serem alimentados, quem sabe aí houvesse menos maldades. E o mundo, que envolve todas as galáxias, seria melhor.
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