(versos hendecassílabos)
ofuscante azul de um infinito prata,
nesta imensidão que só iguala a massa,
às vezes dá vida, outras vezes mata.
Dos que aqui circulam, no andar incessante,
procurando um sopro do vento que traz,
o som do murmúrio de uma voz distante,
e que neste andar, a diferença faz.
Tristeza à procura de uma luz vivida
na corrida insana, em luta pelo sonho,
que por algum descuido, alguém sonhou,
faz valer a pena a faina dividida.
Sendo secular este correr o mundo,
umas vezes fértil, outras infecundo,
desses que caminham pela mesma estrada,
por onde toda esta humanidade andou.
E guardo comigo, mais esta esperança,
cada renascer de uma primavera,
espero não ser somente uma quimera,
do mundo ser salvo por nossas crianças,
Sabemos que o mundo é feito por nós,
mas nos esquecemos de o construir,
vamos nos perdendo nos contras e prós,
num andar silente deste e vir.
Nada vale a pena se for desistir.
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