terça-feira, 28 de julho de 2020

Crônica


Mamãe

( Escrito em 07/04/2009)


Minha mãe viveu para sua família.
Lembro dela o dia todo trabalhando, correndo para dar o que era preciso para sete filhos, todos ali em suas saias a choramingar.
Grande dama! Pequena na estatura, mas enorme na grandeza de caráter. Feminina, vaidosa, alegre na hora certa, triste com a tristeza de quem amava.
O bolo cheiroso saindo do forno, a vara de marmelo no momento certo. Sorriso sempre pronto.
A ajuda na necessidade de um trabalho de escola quando alguém lhe pedia. Muito severa na disciplina necessária.

Mamãe! Você se foi!

Não mais seu sorriso na porta de saída na hora de ir pra festa. Não mais seu cheiro de alfazema na roupa sempre lavada com carinho. Não mais, tanta coisa!
Lá do fundo daquele campo santo, sua foto!
Agora fica aquela esperança, de quando subo a escada, ouvir sua voz:

- Filha! Você está bem?

Mamãe! Que saudade!







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