quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Lenda de Bom Bosco

(Crônica escrita em 27/01/2009)


Ia o ano de 1883 na Itália, mais precisamente na cidade de Turim, e um padre Salesiano de nome João Bosco teve um sonho: "Entre os paralelos 15 e 20 do globo terrestre, surgiria uma nação ou um povo, rodeados de magia e lá jorraria leite e mel". 

Para este sonho surgiram vários textos e várias interpretações. 

Em 21 de abril de 1960, justamente nessa situação geográfica, foi inaugurada a nova Capital do Brasil. 

Chamaram o sítio de Planalto Central. 

No entanto, os jorros de leite e mel ficaram só nos sonhos de Bom Bosco, e de um pequeno grupo de pessoas que ainda acreditavam em milagres. 

No Planalto grassa um agrupado de aproveitadores, levados até lá por um povo que nunca soube levar para esse local, homens que verdadeiramente pensassem em jorros de leite e mel, que não fosse em suas próprias mesas.

Por este motivo, o candango, o brasiliense que lá vive, leva a fama de corrupto, quando na verdade, esses são pessoas laboriosas, honestas, mas que vivem à sombra dos que se aproveitam do voto para usufruir das vantagens de poder pisotear esse mesmo povo. 

E do sonho de Bom Bosco, sobrou apenas a Ermida lá no alto, justamente no ponto mais próximo dos paralelos em questão, porque o leite já derramou, e o mel já se acabou.

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