(Crônica escrita em 17/05/2009)
As pessoas se norteiam pelo que a mídia diz. Como se deve comer, vestir e viver. Uma minoria comandando uma maioria. Até como alimentar seu bichinho de estimação. O povo é direcionado para o que eles querem que façam, seja o que for.
Inventam os modismos e impingem aos crédulos leitores, ouvintes e telespectadores suas criações. E mais o grande poder da internet, que engloba todas as mídias juntas.
Na moda, modelos embaladas pelo som de um efêmero sucesso, desfilam nas passarelas diante dos poderosos holofotes, trajes que muito poucas pessoas de tino irão usar. São as tendências.
E nós precisamos apenas andar vestidos.
Na alimentação, isso pode aquilo não pode. Polêmicas e mais polêmicas em cima do que eles acham que devemos ingerir.
Mas nós mortais precisamos apenas de comida.
Na aparência física, é impingido um estereótipo, que só horas e horas de academia podem resultar. Mostram-se com destaque os corpos sarados e malhados, posando nus para revistas e afins, fazendo milhares de jovens adoecerem atrás do tão divulgado corpo perfeito. E mais, entregando 'books' trabalhados no sonho de pousar seus corpos nessas revistas, que enriquecem a custa do erotismo inerente ao ser humano. E fenecem ao som da mídia gritante.
E o que nós precisamos é apenas ser saudáveis.
Na verdade, o que a mídia faz é vender seu peixe para poder faturar milhões com anunciantes, que por sua vez só querem enriquecer.
Ah! O dinheiro!
Dinheiro é bom, e por isso as lotéricas ficam com filas quilométricas de esperançosos apostadores, que sonham em ter tudo o que a mídia anuncia ser imprescindível para suas vidas. E ali deixam, muitas vezes, o último do bolso, alimentando uma esperança que dura alguns dias apenas.
E com isso os cofres do governo e os bolsos dos corruptos engordam, com os aproximadamente 65% dos valores dessas apostas que ficam lá retidos, e ninguém sabe verdadeiramente o quanto foi, e para onde vai.
E o ser humano precisa apenas viver.
"Existem apenas duas coisas infinitas - o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo." - (Albert Einstein)
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