(Versos em eneassílabo escritos em 2012)
Meu jardim à tarde, vira festa,
Com todas as aves do planalto,
parecendo até uma floresta.
Os tesoureiros cortando ares,
pelo céu azul voam aos pares.
João de barro, com seu trino alto,
lá bem no copado da paineira,
chama alegre, sua companheira.
Asa branca voando bem baixo,
vai em busca d'água na biquinha,
sem olhar a tarde que avizinha.
Quero-quero fica martelando,
assustando a garça passeando.
Sabiá encanta sua mágoa,
e o Rouxinol chama sua amada.
E um Beija flor muito ligeirinho,
visita as plantas, que estão em flor,
são tantas flores, não faz faz mais nada.
Uma beleza essa revoada,
do verde e lindo Periquitinho.
Na galhada verde do ipê,
a Rolinha alegre faz seu ninho.
Canário canta, lá no coqueiro,
o anu preto voa ligeiro.
O Chopim, um cara deslavado,
ocupando a casa do vizinho.
Andorinha, toda alvoraçada,
faz alegre sua revoada,
curtindo feliz o seu verão.
E o Carcará, muito traiçoeiro,
espreita, no alto do Pinheiro,
algo para sua refeição.
E a borboleta, indiferente,
ora voa alto, ora baixo,
e deixa o jardim mais vibrante.
Essa faina tão alvoraçada,
alegra os olhos e o coração.
Fico a pensar, onde aí me encaixo
faço parte dessa criação.
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