O Sertanejo,
Mora no meio da roça,
Numa pequena palhoça,
Perdida na grande mata,
E na tardinha pega a viola e ponteia,
Olhando a lua cheia,
Canta uma serenata.
E a cabocla,
na janela contemplando,
o seu amado cantando,
Tem vontade de chorar,
Pois ela sabe,
Que a voz que agora canta,
Não tinha nada na janta,
Para a fome matar.
A seca veio,
Queimando a sua roça,
Só ficou mesmo a palhoça,
Do caboclo altaneiro.
E na cidade,
Toda gente se esquece,
Nem mesmo faz uma prece
Pro caboclo brasileiro.
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