sábado, 28 de novembro de 2020

Coisas boas da vida

(Texto escrito em 31/10/2009)


Comer um bolo quentinho

Tomar café batidinho

Doce de leite caseiro

Um assado de carneiro

Queijo fresco e marmelada

Uma promessa cumprida

Uma rosa recebida

Um carinho fora de hora

E rir de quem cai da escada

Ver o sol nascer faceiro

Morgar o dia inteiro

Comendo doce de amora

Cortar cabelo sozinho

Conversar com o vizinho

Chegar feliz onde mora

Jornal sem notícia ruim

TV sem pornografia

Gargalhar com alegria

Tristeza chegar ao fim

Isso tudo misturado

Faz da vida um bem estar

Alegria é um bem danado

Pra quem sabe cultivar

sábado, 21 de novembro de 2020

Homens que choram

(Texto escrito em 02/10/2009)


Alguns homens tem vergonha de mostrar suas emoções, mostrar que também derramam lágrimas, que também sofrem.

Acham vergonhoso demonstrar sentimentos. Não querem parecer fracos e por isso guardam no coração suas dores, pensando que são fortes.

Mas, aquele que tem alma sensível e um coração com amor, deixa que seus olhos reguem a planta da vida, deixando rolar os diamantes que enriquecem mais seu viver.

Não têm vergonha de chorar por emoção, seja ela porque o filho nasceu ou porque seu time ganhou o campeonato.

Não se importa de derramar lágrimas por dor ou por felicidade.

Homens que choram, mostram a força que teem.

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Uma carta

(Poema escrito em31/08/2009)


Envelope branco selado, 

com letras redondas escrito,

no verso este nome vedado, 

que há muito eu havia esquecido.

Só não sei se devo ou não devo, 

a dúvida cruel insiste, 

pois no coração inda existe, 

prevenção, mágoa e muito medo.

Deixo o carteiro na calçada,

já convencida subo a escada,

e amasso o indefeso papel.

Acertando a cesta do lixo,

jogando com ele o capricho,

amor, dor, o amargo do fel.

sábado, 7 de novembro de 2020

Homem x Mulher

(Texto escrito em Qua, 12 de Agosto de 2009 18:55)


Homem: 7:00h levanta da cama, toma banho, veste-se;

Mulher: 6:00h levanta, faz alongamento, toma banho, passa um creme nos pés, outro nas pernas, outro no corpo, outro no rosto, protetor solar, maquia;

Homem: 7:05h toma café;

Mulher: 6:30h prepara o café, arruma a mesa, prepara as crianças, faz a lista de mercado do dia, lava a louça;

Homem: 7:15h sai para o trabalho;

Mulher: 7:15h leva os filhos para o colégio e vai para o trabalho;

Homem: 7:45h chega ao trabalho, tira sarro do amigo que está de camisa cor-de-rosa, toma um cafezinho, olha a gostosa da sala ao lado, vai para sua mesa;

Mulher: 7:50h chega ao trabalho, olha seu reflexo na porta de vidro e vai para mesa de trabalho;

Homem: 11:30h sai para almoçar, senta na mesa da gostosa que trabalha no prédio ao lado, xaveca a moça, marca encontro para jantar mais tarde;

Mulher: 11:30h sai correndo, passa no mercado com a lista da manhã, pega os filhos na escola e deixa-os em casa juntamente com as compras feitas, volta correndo, não deu tempo para almoçar, come qualquer coisa na esquina;

Homem: 13:00h volta do almoço, toma mais um cafezinho, conta uma piada para a moça que serve o cafezinho, senta para trabalhar;

Mulher: 13:00h chega esbaforida, vai ao banheiro retocar a maquiagem, segue até sua mesa e trabalha;

Homem: 18:00h sai para jantar com a gostosa do almoço e chega tarde em casa, sem fome, cansado e vai assistir TV. (Em alguns dias vai jogar o futebolzinho com amigos).

Mulher: 18:00h sai do trabalho, chega em casa e prepara o jantar, coloca roupa para lavar, passa a que lavou no dia anterior, ajuda as crianças com as tarefas, toma um merecido banho e vai dormir.


sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Dor do amor

( Poema escrito em 28/07/2009)


Quantas vezes o cimento do amor,

é feito com argamassa de segunda, 

e não cola, 

fica esfarelando pelas frestas dos dedos, 

construindo a solidão.

Nosso querer some com a dor,

e a saudade vagabunda,

esfola,

fica nas noites os medos,

e adormece o coração.

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Quadrinha

.

Nos lábios nasce um sorriso, 

com as cores do perdão, 

acho que mais eu preciso 

morar em um coração

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

A mídia molda a humanidade

 (Crônica escrita em 17/05/2009)


As pessoas se norteiam pelo que a mídia diz. Como se deve comer, vestir e viver. Uma minoria comandando uma maioria. Até como alimentar seu bichinho de estimação. O povo é direcionado para o que eles querem que façam, seja o que for.

Inventam os modismos e impingem aos crédulos leitores, ouvintes e telespectadores suas criações. E mais o grande poder da internet, que engloba todas as mídias juntas.

Na moda,  modelos embaladas pelo som de um efêmero sucesso, desfilam nas passarelas diante dos poderosos holofotes, trajes que muito poucas pessoas de tino irão usar. São as tendências.

E nós precisamos apenas andar vestidos.

Na alimentação, isso pode aquilo não pode. Polêmicas e mais polêmicas em cima do que eles acham que devemos ingerir.

Mas nós mortais precisamos apenas de comida.

Na aparência física, é impingido um estereótipo, que só horas e horas de academia podem resultar. Mostram-se com destaque os corpos sarados e malhados, posando nus para revistas e afins, fazendo milhares de jovens adoecerem atrás do tão divulgado corpo perfeito. E mais, entregando 'books' trabalhados no sonho de pousar seus corpos nessas revistas, que enriquecem a custa do erotismo inerente ao ser humano. E fenecem ao som da mídia gritante.

E o que nós precisamos é apenas ser saudáveis.

Na verdade, o que a mídia faz é vender seu peixe para poder faturar milhões com anunciantes, que por sua vez só querem enriquecer.

Ah! O dinheiro!

Dinheiro é bom, e por isso as lotéricas ficam com filas quilométricas de esperançosos apostadores, que sonham em ter tudo o que a mídia anuncia ser imprescindível para suas vidas. E ali deixam, muitas vezes, o último do bolso, alimentando uma esperança que dura alguns dias apenas. 

E com isso os cofres do governo e os bolsos dos corruptos engordam, com os aproximadamente 65% dos valores dessas apostas que ficam lá retidos, e ninguém sabe verdadeiramente o quanto foi, e para onde vai.

E o ser humano precisa apenas viver.


"Existem apenas duas coisas infinitas - o Universo e a estupidez humana. E não tenho tanta certeza quanto ao Universo." - (Albert Einstein)



terça-feira, 3 de novembro de 2020

Cultura de um povo


(Texto escrito em 02/05/2009)



Só se mede o grau de cultura de um povo, por sua capacidade de cuidar de suas heranças culturais.

Ninguém pode ser considerado verdadeiramente culto, se não souber preservar suas cidades, suas ruas, seu verde, seus livros, sua história.

Dá pena ver o que se faz nos locais onde a UNESCO brindou com o título de "Patrimônio Cultural da Humanidade". Um título que é orgulho para a cidade que o recebe, e que poucos dão valor.

Conserve o Planeta, ainda dá tempo.

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Escravos de academia

(Crônica escrita em 16/04/2009)


Com a mídia ‘malhando' em cima dos seres humanos com o protótipo ideal de ‘saúde' e beleza, a paranóia tomou conta de crianças, jovens e idosos.

Não se vê mais um ser satisfeito com sua aparência ou estado físico. Alguns se acham com barriga demais ou de menos, pernas finas ou grossas demais.

E com isso passam na academia todo o tempo que tiver livre. Tortura voluntária, e, o que é pior, valores ofensivos demais. Nas academias gira um valor exorbitante, onde muitos deixam de comprar pão para poder ficar amarrado em correntes, e com pesados ferros nos tornozelos. Outros carregam nos braços argolas de aço em nome da musculação. Além, é claro, de ficarem horas correndo em esteiras, pedalando como se estivessem fugindo de vampiros, ou erguendo pesados alteres.

Se analisarmos com frieza, escravidão é pouco. Porque, ser escravo por livre e espontânea vontade, de algo que embrutece e aniquila as forças totalmente, no mínimo é loucura.

E essa loucura é comandada pela "lei": "seja mais belo que o vizinho".

E aí fica a pergunta:

Para quê? Que falta vai fazer essa tal academia, tortura gigantesca que faz inveja aos mais sádicos campos de concentração?

Que bom poder sair a passear, conversar com os pássaros e borboletas, tirar foto de uma flor, ou simplesmente sorrir para o sol ou para a chuva.

E que me diz de uma conversa saudável e gostosa com algum conhecido?

Alguns diriam: "Isso não existe mais!" O correto é ficar com as pernas cheias de bolas como jogador de futebol, os músculos protuberantes como boxeador e a barriga com nesgas de esfregadeira de roupa.

Aliás, a mídia diz que é assim que deve ser.

Mas, os proprietários das academias, estão com a bela barriga de prósperos comerciantes.

Cada um na sua, não?

domingo, 1 de novembro de 2020

O que tenho no momento

(Texto escrito em 05/12/2014)

Nasci, cresci, trabalhei e vivi. Tenho no coração a alegria de ter amado muito. Tenho o conhecimento que Deus me permitiu ter. Tenho todos os amigos que mereço, a meu lado. Tenho a felicidade de saber o que quero. Tenho na alma a sensação do dever cumprido.
E acima de tudo, tenho o poder de decidir por mim mesma, o que fazer do meu dia.


sábado, 31 de outubro de 2020

O que se foi

(Minicrônica escrita em 05/12/2014)


No espaço a mim reservado neste planeta, tentei caminhar seguindo os sons de meu coração. Obedeci as ordens de minha consciência, para não fazer ninguém sofrer.

O tempo passou, e as ondas de desesperança passaram a disfarçar-se em indiferença, fazendo com que as marteladas do desafeto seguissem a cronometragem do destino, para deixar a solidão enraizar-se em uma vida já falida. E tudo foi se moldando conforme a forma.

Um olhar ficou triste, uma casa vazia, um espaço sem ninguém. E nesse espaço, agora fica só a sombra, porque a alma seguiu caminho pelas veredas da saudade, deixando vago um coração magoado.

Só o tempo para apagar a dor de um suspiro cheio de desolação.

Nem a força do querer, traz de volta o que se foi.

sexta-feira, 30 de outubro de 2020

A paz de espírito

(Minicrônica escrita em 05 de dezembro de 2014)


A evolução não se interrompe, não para, não deixa de prosseguir.

Se sofremos ao aprender, criar, recriar e melhorar, renovamos a maneira de viver e reajustamos os erros cometidos, e assim se torna mais fácil obtermos o sucesso.

Toda criatura que prosseguir em demanda de objetivos que satisfaçam a grande Ideia Divina, pode mudar as coisas. Basta querer.

O espírito criativo, seja onde for que esteja, poderá dar um grande impulso para construir o próprio caminho, e o de outros, com grande elevação das coisas.

Este raciocínio, se levado a sério, faz nascer a harmonia entre os homens, e as Paz tão almejada na Terra.

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

O homem é dono de sua vida

 

O homem é dono de seu destino e de sua vida, pois possui o livre arbítrio que o distingue de todos os outros seres terrenos, dando-lhe o poder de conseguir todas as coisas que quiser para sua vida. Para isso, basta apenas que seus pensamentos sejam positivos e coerentes com suas atitudes.


quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Lenda de Bom Bosco

(Crônica escrita em 27/01/2009)


Ia o ano de 1883 na Itália, mais precisamente na cidade de Turim, e um padre Salesiano de nome João Bosco teve um sonho: "Entre os paralelos 15 e 20 do globo terrestre, surgiria uma nação ou um povo, rodeados de magia e lá jorraria leite e mel". 

Para este sonho surgiram vários textos e várias interpretações. 

Em 21 de abril de 1960, justamente nessa situação geográfica, foi inaugurada a nova Capital do Brasil. 

Chamaram o sítio de Planalto Central. 

No entanto, os jorros de leite e mel ficaram só nos sonhos de Bom Bosco, e de um pequeno grupo de pessoas que ainda acreditavam em milagres. 

No Planalto grassa um agrupado de aproveitadores, levados até lá por um povo que nunca soube levar para esse local, homens que verdadeiramente pensassem em jorros de leite e mel, que não fosse em suas próprias mesas.

Por este motivo, o candango, o brasiliense que lá vive, leva a fama de corrupto, quando na verdade, esses são pessoas laboriosas, honestas, mas que vivem à sombra dos que se aproveitam do voto para usufruir das vantagens de poder pisotear esse mesmo povo. 

E do sonho de Bom Bosco, sobrou apenas a Ermida lá no alto, justamente no ponto mais próximo dos paralelos em questão, porque o leite já derramou, e o mel já se acabou.

terça-feira, 27 de outubro de 2020

O instante mágico

(Crônica escrita em dezembro de 2014)


A correria urbana de minha vida leva quase todo o tempo que me foi colocado por Deus, para os afazeres ditos de sobrevivência. Porque se não trabalha, não come. Ditado mais certo que esse, impossível. Não faça nada, e espere para ver no que dá.

Mas, toda noite percebo que o dia passou, e embora tenha feito tanta coisa, na realidade parece que não fiz nada. Fico com a impressão que deixei passar o momento, mais uma vez, no qual eu poderia ter dado rumo a acontecimentos, onde possivelmente minha vida mudaria, e não soube reconhecer esse momento. Não soube reconhecer o instante que uma porta se abre, todos os dias, para orientar naquilo que possa fazer a diferença em meu caminho.

Será que as portas não se abrem porque não sabemos bater direito? Ou será que se fecham porque as muralhas impostas por nós mesmos tornam-se instransponíveis?

Perguntas que me faço todas as noites ao deitar, e às quais não consigo encontrar respostas satisfatórias.

Vida que foi mal passada a limpo, deixa vestígios no rascunho que fizemos dela. Por isso, se o rascunho ainda estiver disponível, é hora de ir atrás dele e tentar refazer a história. Apagar os momentos de raiva e rancor, tirar os diálogos que possam causar dupla interpretação, colocar mais asteriscos em fases que foram boas, para lembrar de detalhes que deixamos passar e que seriam importantes para a felicidade estar presente. Usar a borracha sem dó em momentos de brigas e discussões, que possam ofuscar o brilho de uma vivência feliz. Tirar obstáculos como desconfiança, falta de respeito, intolerância, pois podem, com o tempo, se transformar em grandes pedras na estrada da vida.

Afinal, um rascunho pode ser alterado a todo momento. Mas depois do original pronto e passado adiante, não temos mais nada a fazer.

Acho que agora, vou procurar o rascunho da minha vida. Quem sabe ainda o encontre, e posso alterar aqueles lapsos que possam ter trazido os percalços por que passei, e quem sabe, ainda possa ser feliz.

E à noite em meu travesseiro, talvez eu encontre as respostas e as soluções para aqueles instantes que deixei passar sem perceber, e possa reconhecê-los para aproveitar os ensinamentos que possam trazer.

Porque no final das contas, só a mim pertence o meu futuro e a minha felicidade, e a ninguém mais.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

A magia das palavras

(Versos livres, escritos em maio de 2013)


Palavras,

semeiam areia na praia,

raios de sol no amanhecer,

vertigens de sombras na chuva,

fogo que queima no entardecer.

Palavras,

dão ao futuro esperança,

embalam no colo a criança,

fazem o coro da vaia,

ou enaltecem o ser.

Palavras,

fazem o mundo crescer,

aumentam a ilusão,

aquecem o coração,

dão alento ao viver.

Palavras

são o impulso da vida,

para o bem ou para o mal,

são a força dirigida,

com o seu poder total.

sábado, 24 de outubro de 2020

Vida engraçada


Quando achamos que tudo está bem, correndo dentro das expectativas de nossas pequenas ambições, sem querer ou sem pensar, dizemos uma única palavra, ou fazemos algo que muda toda a sequência dos acontecimentos.
Podemos fazer mil coisas certas, mas se erramos uma única vez, perdemos todo o bem que possamos ter feito por muito tempo.

Que vida estranha essa!!!


quinta-feira, 22 de outubro de 2020

Um pensamento saudoso



(Crônica escrita em 18/02/2010)



Quando algumas pessoas nos deixam, por motivos diversos, fica um vazio.

Muitas pessoas que eu amava, se foram. Mas, nenhuma delas me abandonou. Na verdade, toda essa gente que amei e ainda amo, costumo pensar que estão por aí em algum lugar, e que logo poderão estar comigo novamente, a qualquer momento.

Meu pai. Ainda ouço sua voz cantando na varanda, acompanhado pelo som do violão que meu irmão tocava. Voz poderosa e bonita, cantando as velhas canções italianas aprendidas no além mar, ensinadas por minha avó, que também gostava de cantar.

Minha mãe. Gosto de imaginar que está lá naquela cozinha, bem longe, gastando a paciência e energia nos quitutes que a turma toda gostava.

Meus irmãos, quatro dos mais velhos, e por motivos diferentes, mas porque lhes chegou a hora, também se foram. Imagino-os, todos quatro em seus respectivos afazeres, e que quando eu quiser, irei vê-los, e lá estarão com aquele largo sorriso para me receber.

Michael Jackson. Fui sua fã por uma vida inteira. Tenho a certeza que está lá no Rancho Neverland, cantando seu apelo para que o mundo seja salvo da devastação, pedindo que o ser humano se conscientize enquanto é tempo.

Gosto de pensar assim. Quero crer que o amor que sinto por aqueles que fizeram a diferença em minha vida, os faça permanecerem ao meu lado, mesmo que só no coração. Mas é aí que está a beleza! Pensar que ainda estão por aqui em algum lugar. Isso dá a sensação de que não os perdi para sempre.

Por isso, chorar não faz sentido, já que posso ir lá para vê-los quando quiser. Mesmo que para isso, precise de uma carona estranha.

terça-feira, 20 de outubro de 2020

A importância de amar

(Poema escrito em heptassílabos,  abril de 2015)


Ser importante pra alguém,

não é ser sempre presente,

porque mesmo estando ausente,

basta estar no coração,

para ser feliz também.

Ser importante pra alguém,

é só fazer doação,

de um pouco de carinho,

com palavras e um pouquinho,

e a sua atenção.

Um ser vivo só precisa,

de que alguém lhe mostre as flores,

onde só se veem espinhos.

Percebi que esta vida,

é feita só de esplendores,

não importa o caminho,

que temos de escolher.

Basta o coração querer.


segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Caminhos

 


Sou caminhante pelos meandros insondáveis do pensamento. Os caminhos que me levam ao destino a mim reservado, estão em uma estrada, às vezes iluminada, às vezes escura, mas que só a mim pertence, porque a minha rota, só eu mesma posso seguir.

domingo, 18 de outubro de 2020

Segredos do mar


O mar, lança a espuma na areia,

segredos, nos traz pelas sombras,

o som da água ao céu permeia,

só quando na praia ela tomba.

Sorrisos se veem numas faces,

o rancor em outras se veem,

não temos controle do impasse,

nem certeza tenha ninguém.

As ondas refletem a lua,

uma luz que a todos encanta,

também aos que vão pela rua,

e nesta beleza se espantam.

Barulho do mar continua,

meus sonhos, voando além,

e com as estrelas se encontram,

deixando saudade também.


sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Poetando

(Versos em pentassílabos, escritos em 2014)


O nascer do sol;

a brisa suave;

cor do girassol;

o voo da ave;

as flores nascendo;

crianças brincando;

rosas florescendo;

os seres amando;

mais um arrebol.

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

Deus e eu

Nasci, cresci,

trabalhei e vivi.

Levo no coração a alegria,

de ter amado muito, todo dia.

Tenho pleno conhecimento,

que as dádivas de suprimento,

que recebo para viver,

e a felicidade de saber

o que quero, e o que fazer,

não posso dizer que são meus,

e sim, que tudo vem de Deus.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Já tenho saudade

(Poema livre, escrito em 2013 quando de uma viagem)



Daqui onde estou,

por entre nesgas de céus que aparecem,

nas nuvens escuras que o sol há tempo apagou,

vejo estrelas cintilarem saudades,

bem antes das que por lá ensombrecem,

o tempo, que replicou vaidades.

Terra minha que tão longe ficou.

terça-feira, 13 de outubro de 2020

Coração triste

Sonhos que se escoam,

pelos vãos dos dedos,

tristezas que se eternizam,

em um padecer sem fim,

deixam na alma uma lacuna,

que não se preenche,

e fica eterna  no coração.


São saudades que ecoam,

dentro dos medos,

e que na dor finalizam,

dentro de mim,

são como uma escuna,

perdida num mar imenso,

e que se perdem na emoção.


Quando as lágrimas descem,

sem sentir,

sem nenhum esforço,

são aqueles momentos que só o abraço,

o amor e o carinho,

me fazem, novamente sorrir.

Então, me entrego em oração.

domingo, 11 de outubro de 2020

Caminhada


Na esquina da vida eu busco,

O silenciar da ilusão,

A existência esvaindo,

E o destino se cumprindo

No caminhar neste chão.


sábado, 10 de outubro de 2020

Ah! Esse Brasil que eu quero!

(heptassílabo escrito em 2015)


Tem cheiro de liberdade,

Muita fé na humanidade,

E em Deus, assim espero!

Ao Brasil, quero também,

Mais trabalho em harmonia,

E que também chegue o dia,

Pra confiar em alguém!

Também, aqui estou querendo,

Grandes sonhos que combinem,

Que às crianças ensinem,

Muita Ordem e o Progresso!

São coisas que sempre quis.

Tenho esperança, confesso,

Que seja realidade,

Se ter mais civilidade,

E que seja um só País!

sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Ouvindo a chuva


Ah! gosto de ouvir ao longe,

 as trovoadas prenunciando,

 esta dádiva da chuva.

Felicidade vem dela,

abro logo a janela,

para este frescor entrar.

E os pingos a açoitar,

as folhas do coqueiral,

e as roseiras no beiral.

O meu ser agradecido,

pois muito tenho sofrido,

com a seca arrasadora.

Oro em silêncio profundo,

pela chuva salvadora.

quinta-feira, 8 de outubro de 2020

Tempos idos


Quando minha mãe fazia uma geleia, uma cuca, um doce de leite da hora, mandava sempre um "pratinho" para uma das vizinhas. Hora era uma, ora era outra. Dizia: vai num pé e volta noutro, nada de ficar brincando com "fulaninha". Então eu ia. E para retribuir, quando essas vizinhas faziam algo diferente, também mandavam um tanto para nós.

Havia também as Visitas no meio da tarde, ou à noite, sem aviso, era só chegar. Todos eram bem-vindos ao convívio de todos. Sempre havia na despensa ou nos armários, doces, compotas, licores, biscoitinhos, bolachinhas, sequilhos, e o insubstituível pão caseiro assado no forno de brasa, para servir a essas visitas inesperadas.

Era assim nas cidades interioranas, todos unidos para viver uma vida, que hoje, pouca gente sabe que existiu. A vida comunitária de verdade. Aquela vida onde as receitas deliciosas eram passadas nos cadernos de linha, à lápis, por mãos quase sempre muito calejadas pelas lidas diárias. Lidas essas, que não impediam ninguém de ser amigos, fazer visitas, levar o último licor da fruta da época feito nas imensas cozinhas, que no interior eram mais sala de visita que cozinha, e onde tinha sempre algo em cima do fogão, ou no forno, esperando para ser consumido.

Gente trabalhadora, esforçada, honesta, onde um fio de bigode valia mais que uma promissória, na época. As casas simples eram feitas por eles mesmos, as camas, colchões, cadeiras e mesas, também. Os fornos e fogões eram de barro ou tijolos. Esses, vindos da olaria do amigo que fazia para uso próprio, e distribuía aos conhecidos que não sabiam fazer. E recebia desses amigos aquilo que ele não sabia, ou não tinha tempo para fazer.

Como está longe esse tempo! Aliás, não está muito longe, está aqui no meu coração saudoso, guardado com carinho no armário de minhas recordações, e o vejo lá escondidinho nas gavetas de minha saudade.

Tempos idos, tempos inesquecíveis, mas às vezes esquecidos pelas novidades dos novos tempos.

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

A busca

(Escrita em 2018)


A vida do ser humano,

é uma viagem no escuro, 

e as coisas, por quais procuro,

em um mar de incertezas,

enfrentando as asperezas,

neste navegar insano,

talvez, não encontre agora.


Pode ser grande a demora,

pois o barco que eu uso,

do qual sou o timoneiro,

vai me levar com leveza,

e num momento certeiro,

vou encontrar, com certeza,

assim que chegar a hora.


terça-feira, 6 de outubro de 2020

Sensibilidade nem todos têm


Sei, também,

que uma flor mostra a beleza,

na incerteza,

de sua efêmera vida.

No entanto,

todo encanto,

por alguns não é percebido.

Pois sensibilidade,

na verdade,

é algo, que nem todos têm.


segunda-feira, 5 de outubro de 2020

Princípios


Claro, que a vivência dos humanos,

tem suas regras onde quer que se vá.

Mas princípios, não se fazem,

se trazem,

dentro do peito dos seres,

que não se cobrem só com panos,

mas com o manto,

da honestidade que se dá,

pelo berço, 

que os tenha embalado no início desta vida,

que eterna, não será.


domingo, 4 de outubro de 2020

Somos todos iguais


Os que olham este mundo,

com o olhar perfeito da alma,

ou ouvem,

com a percepção do tato,

nos ensinam que na vida,

de fato,

por mais íngreme que seja a subida,

somos um pedaço do Universo,

não o inverso,

e somos todos,

um trecho daquela música,

muito única,

ou um verso daquele poema,

pois somos o tema,

e também os complementos,

neste caminhar controverso.

Aprendemos ainda,

que somos um pouco

de nossos pensamentos,

e que não há rivais,

pois somos todos iguais.

sábado, 3 de outubro de 2020

Nada me empolga

(Versos escritos em 2008)


Hoje me dei folga,

Parei a vida, e fui ver o tempo passar.

As nuvens cobrindo o sol, descansam,

os pombos dançam,

as flores deixam seu perfume no ar.

Mas, nada me empolga,

pois o mormaço invade a alma,

e a tarde calma,

faz a saudade voltar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2020

Um mundo novo

A cada nascer do sol surge um mundo novo para ser explorado, vivido, olhado com carinho. Um mundo onde podemos pensar melhor sobre nossos atos, nossas tendências, nossos sonhos. Podemos pensar a cada amanhecer, se estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para deixar um mundo mais limpo, mais arborizado, mais humano para nossos descendentes, e se educamos nossos filhos de maneira a deixar homens e mulheres melhores para esse nosso mundo, tão sacrificado.

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Poetando

(Versos em pentassílabo escritos em 2008)


O cheiro do vento,

 sorriso do sol,

estrela ao relento,

a luz no arrebol.

A alma poeta,

um hino de amor,

que traz para o dia,

 beleza da flor!

terça-feira, 29 de setembro de 2020

Sem pressa

(Poema escrito em 2007)


Estou indo,

Para um lugar no meio do nada,

onde as sombras escondam, o meu sofrer.

Talvez o sol no horizonte dourado,

me deixe encantada,

e não vou mais pensar,

no que pode acontecer.

A chuva caindo,

deixa o solo molhado,

nem tanto por eu ter chorado,

mas, porque a vida deixou de sorrir.

Estou sem pressa.

Vou nessa,

tentar, sem saber se vou conseguir.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

Um não

(Poema escrito em 2016 )


Um não aos que se  arvoram em deuses,

que por contraste se instalam em pedestais,

se omitem nas carências dos que sofrem,

dos que morrem nas mãos de malfeitores,

sem ter uma mão para socorrer.

Um não a esses pseudos benfeitores,

que se dizem protetores,

dos que neles creem.

É absolutamente necessário,

que pessoas do bem se instalem,

e resolvam dar um basta nas maldades,

que por aí crassa aos borbotões,

fazendo vítimas nas drogas,

no transito,

nas casas,

nas praças e jardins.

Triste é o sangue que jorra das feridas,

dos que agem em defesa do cidadão.

Triste é saber que os que defendem a justiça,

são por ela traídos,

dilacerados nos direitos,

que não lhes são mais garantidos.

Um não à violência,

aos despudores,

aos sem lei.

Um não às páginas de sangue,

escritas por mãos traiçoeiras,

mãos que matam, que drogam,

e que fazem o sol escurecer.


domingo, 27 de setembro de 2020

Um caramanchão na praça

 



Um caramanchão na praça,

Envolto de céu azul,

E as flores se entrelaçam,

Com ventos que vem do Sul.

sábado, 26 de setembro de 2020

Sorrir

Algumas pessoas me perguntam porque estou sempre sorrindo.
Acho que a vida é algo para levarmos em consideração. Por isso, não procuro maldade nas pessoas, não olho para o lado feio das coisas, agradeço a Deus todos os dias por todos os pequenos ou grandes acontecimentos, que fazem os momentos do meu viver neste planeta, serem especiais.
Me afasto de pessoas que querem me prejudicar, e tento entender, a meu modo, tudo o que acontece. Não vejo motivo para me precipitar nas decisões, para que menos erros aconteçam. Pois percebi, que os erros cometidos por decisões apressadas, são muito difíceis de consertar, ou impossíveis.
Não existe uma regra para sorrir sempre, apenas sorrir, pois sei que terei um sorriso de volta.

sexta-feira, 25 de setembro de 2020

Ser feliz


A felicidade depende apenas de minha própria decisão. Se está frio, agradeço por poder usar aquele casaco que há muito não usava. Se faz calor, agradeço e uso aquele vestido florido e bonito, pois acho que me fica tão bem. Se chove, agradeço pelo verde e pelas flores que exuberantes exalam o perfume da alegria. Se faz seca, agradeço pelo céu azul que deixa meus olhos e minha alma lavados pela imensidão. 
Ser feliz depende apenas de mim, pois a natureza não me pede opinião, e coloca uma lua em plena tarde do cerrado central.

quinta-feira, 24 de setembro de 2020

Desesperança



Nos caminhos desta vida,

Tem tropeços que entristecem,

As pedras que me aborrecem,

E machucam os meus pés,

Às vezes fazem feridas,

Que nada pode curar,

Pois só o que faz sarar,

São coisas mal resolvidas,

Nas quais não tenho mais fé.

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Saudade do que se foi

(Prosa poética escrita em 2006)

Ah! Saudade dos pés descalços na chuva de verão, saudade da grama endurecida pelo orvalho congelado no inverno, saudade dos outonos cheios de frutas no quintal, e das flores perfumando os jardins na primavera. Tudo isso ficou lá, tão distante, mas a memória trás de volta rapidinho, e deixa tão perto, que a realidade se mistura com os sonhos, e faz parecer estar vivendo tudo novamente.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Desilusões


Deste céu desabam nuvens,

Com as cores da saudade,

E os sons da desesperança.

Recordação de criança,

Alcançando com as mãos,

Estas cores de ferrugem,

Que mancham o coração,

Tirando toda vontade,

De ter novas esperanças,

Deixa a vida na metade.

domingo, 20 de setembro de 2020

Meio ambiente




Fazemos parte de um contexto, onde a finalidade de uns pode prejudicar a de outros. Vemos as árvores serem cortadas para enriquecer uns poucos, deixando uma imensa ferida aberta no seio de nosso chão, onde a natureza levará muitos anos para repor o desfalque.

Notamos que, poucas pessoas se preocupam com o que possa ficar no planeta para o futuro, que nessa ordem, poderá deixar de ser um planeta azul, para se tornar cinza. Nada repõe uma floresta secular colocada abaixo por mãos incautas. De nada adianta o grito triste da juriti assustada com o tombar de seu ninho. Fica no olvido o correr cansado do caititu sem lar. As águas escasseiam, o solo seca, os galhos ficam sem folhas e os pássaros sem aconchego. Ficamos a olhar esse mundo verde ruir, pensando até quando a natureza suportará tantos maus tratos.

Nas cidades, o lixo entulha ruas e parques, e os que por ali transitam fingem ignorar o mal em que pisam. A poluição do ar, pelo imenso fluxo de motores em combustão, fica denso e irrespirável. Os rios citadinos assoberbados pela grande massa de sujeira em seus leitos, quase sem nada de vida em seu seio, carregam para o mar o veneno que lhe intumesce o âmago, onde se mistura com o que lá já existe.

Florestas, águas doces e salgadas, saturadas pelo poder enorme do desleixo humano que em seu viver destrói o que de melhor a natureza tem, choram sua própria morte.

Quem sabe um dia, o grito daqueles que se preocupam com a vida na Terra, seja ouvido pelos que se fazem de moucos, e ainda haja tempo de salvar a vida nesse Planeta, ainda Azul.

sábado, 19 de setembro de 2020

Engrenagens do mundo



O mundo é uma grande máquina, onde as peças que o formam se encaixam perfeitamente nas engrenagens, cada qual em sua atividade específica. Essas peças somos nós, todos os seres do Universo, desde um grão de areia até a maior estrela em sua rota espetacular pelo Cosmos Infinito. 

Cada peça tem um propósito, com seu lugar definido no espaço, para que essa imensa maquina funcione corretamente. Por isso, cada um de nós, cada partícula existente tem seu propósito, ninguém funciona como peça sobressalente, todos tem seu devido lugar, exatamente onde precisamos estar.

 Nada existe por acaso.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

Pensar antes


Pensar antes de falar. Pensar antes de escrever. Pensar, analisar, ver se está correto.

Vejo, na internet, pessoas escrevendo alguns versos estranhos, e chamam de "soneto", "haicai", "poetrix", "trova", quando nem de perto se parecem com estas maravilhas criadas por poetas divinamente inspirados.

Todos somos livres para escrever ou fazer o que quisermos, pois vivemos em um mundo livre. 

Mas, não temos de modo algum, o direito de deturpar o que foi criado com capricho, por outro alguém. Não podemos nunca denominar algo que criamos, com o título do que já foi criado por outro.

Soneto é soneto, haicai é haicai, e por aí adiante.

Dói no coração ao ver um poema sem métrica, sem rima, sem ritmo, ser chamado de soneto.

O que é um soneto? O que é um haicai? O que é uma trova?

Seria bom estudar sobre isso, mas estudar com alguém que realmente saiba ensinar sobre.

Camões ou Machado de Assis, devem se virar no túmulo se puderem ver certas coisas postadas por aí.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Somos tudo ou nada somos

Somos fonte,

Como sóis que se põem no horizonte.

Somos água,

Que transforma em riso toda mágoa.

Somos Terra,

Que o Amor em nossa alma encerra.

Somos fogo,

Arde em chamas da vida este jogo.

Na verdade,

Somos nada, no som da saudade.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

De onde viemos?

(Mini crônica escrita em 23/12/2009)


Talvez um dia, nós humanos, precisemos voltar para o lugar de onde viemos, reunirmos-nos aos outros que por lá vivem, para os quais, os ETs somos nós. 

Afinal, se não tomarmos providências imediatas, esta nossa casa desabará, e quem sabe, os que lá estão poderão pensar em nos receber, mesmo sabendo que destruímos onde o Universo nos colocou.

Os esforços que despendemos para fazer de nosso verde apenas cinza, de nosso azul apenas lixo, poderíamos empregá-los para restaurar o que matamos. E acredito mesmo, que nem seria necessário tanto, se fosse agora.

Mas, será que o homem, considerado o mais inteligente dos seres vivos, poderia deixar a ganância de lado e pensar nos que aqui ficarão depois de nós?

Uma pergunta que só o amanhã nos responderá.

domingo, 13 de setembro de 2020

Inconsequencia humana

Crônica escrita em 06/01/2010)

Somos caminhantes por uma estrada, onde muitas esquinas se cruzam e nos fazem mudar o rumo. Algumas vezes porque queremos, outras, por necessidade. Deixamos coisas ou fatos dirigirem nossas vidas, sem muito pensar no que vai acontecer lá adiante.

O ser humano é mutante em seus sentimentos por natureza. Em um momento, quer insistentemente determinada coisa, no outro instante já muda seu querer. Basta um olhar e o querer já mudou. E isso se aplica em todos os setores da existência humana.

É difícil alguém dizer que está plenamente satisfeito com tudo que tem em sua vida. Sempre haverá alguma coisa que gostaria de mudar. E é este o motivo pelo qual o mundo muda, progride, desenvolve, ou fenece. É esta inconstância humana que faz as coisas acontecerem. Para o bem ou para o mal. Os casamentos, as separações, as grandes invenções, as guerras e quem sabe, destruir o planeta azul.

Não são poucas as vezes em que provocamos acontecimentos irreversíveis, como sujar o planeta e o espaço. Outras tantas vezes, criam-se coisas maravilhosas que nos são úteis pela vida afora.

Ah! Esse homo sapiens!

Vagando alheio por estradas estranhas, sem muito atentar pelas pegadas que deixa por esses caminhos, e as consequências de seus atos. Doa a quem doer, mesmo que venha atingir a si mesmo e aos seus.

sábado, 12 de setembro de 2020

O instante mágico


A correria urbana de minha vida levou quase todo o tempo que me foi colocado por Deus, para os afazeres ditos de sobrevivência. Porque se não trabalha, não come. Ditado mais certo que esse, impossível. Não faça nada, e espere para ver no que dá.
Mas, toda noite percebo que o dia passou, e embora tenha feito tanta coisa, na realidade parece que não fiz nada. Fico com a impressão que deixei passar o momento, mais uma vez, no qual eu poderia ter dado rumo a acontecimentos, onde possivelmente minha vida mudaria, e não soube reconhecer esse momento. Não soube reconhecer o instante que uma porta se abre, todos os dias, para orientar naquilo que possa fazer a diferença em meu caminho.
Será que as portas não se abrem porque não sabemos bater direito? Ou será que se fecham porque as muralhas impostas por nós mesmos tornam-se intransponíveis?

Perguntas que me faço todas as noites ao deitar, e às quais não consigo encontrar respostas satisfatórias.

Vida que foi mal passada a limpo, deixa vestígios no rascunho que fizemos dela. Por isso, se o rascunho ainda estiver disponível, é hora de ir atrás dele e tentar refazer a história. Apagar os momentos de raiva e rancor, tirar os diálogos que possam causar dupla interpretação, colocar mais asteriscos em fases que foram boas, para lembrar de detalhes que deixamos passar, e que seriam importantes para a felicidade estar presente. Usar a borracha sem dó em momentos de brigas e discussões, que possam ofuscar o brilho de uma vivência feliz. Tirar obstáculos como desconfiança, falta de respeito, intolerância, pois podem, com o tempo, se transformar em grandes pedras na estrada da vida.
Afinal, um rascunho pode ser alterado a todo momento. Mas depois do original pronto e passado adiante, não temos mais nada a fazer.
Acho que agora, vou procurar o rascunho da minha vida. Quem sabe ainda o encontre, e posso alterar aqueles lapsos que possam ter trazido os percalços por que passei, e quem sabe, ainda possa ser feliz.
E à noite em meu travesseiro, talvez eu encontre as respostas e as soluções para aqueles instantes que deixei passar sem perceber, e possa reconhecê-los para aproveitar os ensinamentos que possam trazer.

Porque no final das contas, só a mim pertence o meu futuro e a minha felicidade, e a ninguém mais.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

Meu amigo gay

(Escrito em 09/12/2009)


Meu amigo Eduard veio me visitar no dia de Ação de Graças. Ele mora em Nova York, mas todo mês de Novembro vem ao Brasil para umas férias. E lógico, me fazer uma visita. Eduardo, como nós o chamamos por aqui, é gay. Mas pense num cara bonito. Tem cinquenta anos, mas não aparenta, mesmo, essa idade. Parece ter no máximo trinta e cinco. Um metro e oitenta e dois de altura, espáduas largas de quem fez academia a vida toda. Olhos verdes, cabelos castanhos escuros e pele morena. Bem!!!

Quando ele chega em minha casa, a primeira coisa que fala é: ‘A sua academia está funcionando? Vamos para lá’.

A academia que ele se refere, é uma que fica bem ao lado do prédio em que moro. Não sou muito adepta, mas, vez por outra faço alguns exercícios de dança por lá. E por isso ele diz ‘a sua academia’.

No dia seguinte de sua chegada, levei meu amigo para uns exercícios. Ele é está conhecido dos atendentes, já que todos os anos é a mesma coisa. Mas conhecido só dos atendentes. O pessoal frequentador da academia, não o conhece. Embora, absolutamente assumido de sua situação homossexual, ele não tem nenhum trejeito gay. A hora que fomos para lá, entre 14 e 16h, há muito pouca frequência masculina. As salas estão sempre lotadas de mulheres, de todas as idades, que varia de 17 a 70 anos. Imagine entrar num recinto desses, um avantajado e singularmente lindo espécime de humano. Quase todos os aparelhos pararam de funcionar, e os olhares estavam totalmente voltados para o local onde caminhávamos, eu e Eduardo. Ele nem notou, ou fingiu não notar o frenesi que causou nas abismadas malhadoras de plantão.

Estávamos nos exercitando em aparelhos próximos às barras de alongamento. Então, era um tal de vai e vem de garotas de todas as espécies e idades, que iam até as barras para alongar, amarrar o tênis, ajustar as meias e fazer as coisas mais inusitadas. E lançavam aqueles olhares de ‘meu Deus que coisa linda’ para o meu amigo.

De vez em quando ele me olhava e dava um sorrisinho maroto e piscava o olho.

Ao final dos exercícios, nos dirigimos para o pagamento das horas dele, já que não era sócio. Pense na fila que se formou atrás de nós. Meninas mais jovens são afoitas e não escondem suas emoções, aí se ouviam suspiros, gritinhos e alusões a beijinhos. Confesso que até fiquei um tanto sem jeito. Mas ele, nem se dava por achado.

Depois de sairmos perguntei se era sempre assim nas academias que frequentava, ele disse que não, porque na cidade dele, ele era bem conhecido, e as frequentadoras sabiam de sua condição.

Mas aqui no Brasil, ninguém sabe de nada disso. E vá aonde for, ele chama a atenção do público feminino. E não sei porquê, do masculino também.

Mas também, vá ser bonito assim lá em Manhattan! Ora bolas!!!

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Medos


(Tetrassílabo escrito em janeiro de 2015)


Existem medos,

Que muito aos poucos,

Fazem demência,

Na insurgência,

Medrados lentos,

Se fazem loucos.

Grandes quimeras,

Surgem no espaço,

Vãs e sutis,

Porque quisera,

Doce regaço,

E não fuzis.

Medos presentes,

Abrem crateras,

Fazem estrago,

Naquelas mentes,

Nas quais pudera,

Se por ao largo.

quarta-feira, 9 de setembro de 2020

Os momentos que são mais

(Versos escritos em tetrassílabo em janeiro de 2015)


Um sol vibrante

Calor constante

Mais luz, mais cor,

Gente sonhando,

Com mais amor.


Chuva caindo,

Gente sorrindo,

Um chá da tarde.

Jovens cantando,

Fazendo alarde.


Alguns no mar,

A velejar.

Vidas à parte,

Estão tentando,

Viver é arte.


Sombra da árvore,

Frescor do mármore,

Mais união.

Vamos levando,

Doce verão.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

Água, Terra e Ar

(Texto premiado em 2007 e encenado em algumas escolas no Paraná)


Água Terra e Ar



A Água olhava apreensiva para os lados, a Terra, sua Vizinha, estava toda suja e cheia de lixo. E o que era pior, o Ar, seu amigo, também estava sentindo-se mal pelas exalações que emanavam de tanta sujeira. Dona Água, cabisbaixa, andava de lá para cá, tentando achar um jeito de falar com Dona Terra e o Senhor Ar sobre o que fazer, pois havia um ser predador e irresponsável, o Homem, que não queria tomar conhecimento do mal que estava causando?

Bem! O jeito era fazer uma reunião com seus amigos Terra e Ar. Com um bilhete fez o convite para a reunião. Eram apenas três elementos, fácil de reunir. Seria uma reunião informal em sua casa.

No dia marcado, tentando se acomodar entre o lixo e a sujeira, lá estavam os três. A reunião iniciou com a palavra da Senhora Água:

- Amigos! Como vocês sabem, o nosso inimigo Homem, o maior predador de todos os tempos, está a cada dia nos matando lentamente. E o pior é que ele não percebe, que ao nos matar, ele também morre.

Com a mão levantada Dona Terra queria a palavra. Foi-lhe dada.

- Pois é! Nunca existiu nada mais destruidor que esse tal Homem. Já tivemos outros predadores, e que também por tentarem acabar conosco, destruíram a si próprios. Se não tomarmos providência estaremos em apuros, porque o Homem com sua poderosa inteligência sub-utilizada, está colocando todos os seres vivos em perigo.

Agora foi a vez do Senhor Ar pedir a palavra:

- Nunca estive tão preocupado! Mesmo que eu suba a uma grande altitude, o mau cheiro e a poluição estarão lá. 

E os três ficaram por longo tempo falando, articulando, tentando achar uma solução. Foi Dona Água quem sugeriu:

- Acho que devemos nos unir e dar um exemplo ao Bicho Homem do que pode lhe acontecer, se continuar assim.

- E que exemplo seria esse? - perguntou Dona Terra.

- Somos muito fortes em nossos elementos. Com a ajuda do Senhor Ar posso formar enormes ondas que destruirão tudo que existir em cima da Senhora Terra, carregando para muito longe o que estiver a meu alcance.

- E eu - disse o Senhor Ar - ainda posso acrescentar grandes vendavais que arrasarão as cidades e tudo o que nelas existir.

- E eu - falou a Senhora Terra - posso abrir minhas entranhas e lançar fogo e lava sobre imensas áreas destruindo tudo em meu caminho.

- Confesso que seria deveras destruidor tudo isso. - falou Dona Água pensativa.

- É mesmo! - disse Dona Terra já sem muito entusiasmo.

- Mas que dá vontade, dá mesmo, de fazer tudo isso. - disse o Senhor Ar, afinal o Homem não pensa em nós quando tenta nos destruir com seus desmandos.

- Estou ficando cada vez mais suja - disse Dona Água - a vida que havia em abundância em meu seio já está diminuindo assustadoramente. Grande quantidade de peixes e animaizinhos que dependiam de minha limpidez para viver, hoje já não existe mais. Dia a dia morrem centenas deles. Fico triste porque, quanto mais trabalho para me limpar, mais coisas são jogadas nos rios e mares, e não posso fazer nada! Vocês viram os plásticos? Nada os destrói, e animais, de toda espécie, morrem por causa deles.

- Pois é! - falou a Senhora Terra - A mesma coisa acontece comigo. Uns sem número de seres que viviam felizes em meus bosques e matas, desapareceram. Sem contar que o verde tão necessário quanto a Senhora Água e o Senhor Ar, está ficando cada vez mais raro. Tudo é cortado para ganhar dinheiro, árvores lindas que levaram muitos anos para ficarem frondosas e elegantes, são jogadas ao chão e transformadas em montes de madeira. Tudo pela ganância e pela falta de respeito a nós, que tanto zelamos pela saúde de todos os seres vivos.

- Justamente! E nós, Água e Ar, estamos cada dia mais doentes sem poder cumprir com nossos deveres. - falou o Senhor Ar.

- Isso mesmo! - concordou Dona Água.

- Mas precisamos fazer alguma coisa sem demora. E parece que o Bicho Homem só vai entender sofrendo. - falou a Senhora Terra.

- Já imaginou se deixarmos os humanos sem água? Seria uma vingança e tanto! - disse Dona Água.

- É! Seria! - falou o Senhor Ar - Mas os outros seres vivos que dependem da senhora para viver, que seria deles?

E por algum tempo ficaram os três a pensar.

- Já sei! - falou Dona Terra - Vamos chamar o Bicho Homem e convencê-lo de seus erros.

E os três elementos saíram à procura do homem para conversar. Encontraram grande quantidade deles, todos atarefados em suas lidas, poluindo o ar com seus carros, fazendo enormes rolos de fumaça nas chaminés de suas fábricas, derrubando árvores e queimando campos, jogando toda espécie de lixo nas ruas e parques. Ficaram tristes com o que viram, mas corajosamente se aproximaram dos terríveis predadores. E com delicadeza falaram que não se deve sujar rios e mares, derrubar árvores e queimar florestas, usar venenos que matam e destroem animais e peixes, que o lixo não pode ser jogado nas ruas e campos. E o Homem, por ter uma inteligência muito grande, entendeu o recado dos três elementos, e desse dia em diante deixou de machucar a natureza, respeitando a Dona Água, a Senhora Terra e o Senhor Ar. E assim, o Planeta Terra deixou de pedir socorro, para viver feliz com os três elementos principais de sua Natureza, e em Paz com o Homem que deixou de ser predador para ser amigo e companheiro.

Água, Terra, Ar e Homem, unidos no abraço do poder de restauração da Natureza.





segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Todo dia é da mulher

(Versos livres escritos em 2016)



Mulher, é algo para se pensar.

Não se ofende se o filho emburra,

Fica quieta se o marido a deprime,

Uma tonelada empurra,

Pra salvar o que é sublime.

Fica mandona,

Faz do seu dia uma maratona,

Desleixa o seu querer,

Se esquece de comer,

Se a família precisar.

Não tem dia, não tem hora,

Está sempre disponível,

Pra ela tudo é possível,

Quando seu filho chora.

Mulher é feita de aço,

Forte e cheia de luz,

Muito firme em que produz,

Mas derrete num abraço.

domingo, 6 de setembro de 2020

Nossa escolha

(Versos em heptassílabo escritos em 2008)


Somos água, somos Terra,

Em nosso peito se encerra,

Vezes mágoa ou Amor.

Temos luz no caminhar,

Ou, quem sabe escuridão,

Depende o nosso labor.

Escolha certa ou errada,

Somos só nós que fazemos,

Também só nós que podemos,

A nossa vida mudar.

sábado, 5 de setembro de 2020

Festa no jardim

(Versos em eneassílabo escritos em 2012)


Meu jardim à tarde, vira festa,

Com todas as aves do planalto,

parecendo até uma floresta.

Os tesoureiros cortando ares,

pelo céu azul voam aos pares.

João de barro, com seu trino alto,

lá bem no copado da paineira, 

chama alegre, sua companheira.

Asa branca voando bem baixo, 

vai em busca d'água na biquinha,

sem olhar a tarde que avizinha.

Quero-quero fica martelando,

assustando a garça passeando.

Sabiá encanta sua mágoa,

e o Rouxinol chama sua amada.

E um Beija flor muito ligeirinho, 

visita as plantas, que estão em flor,

são tantas flores, não faz faz mais nada.

Uma beleza essa revoada, 

do verde e lindo Periquitinho.

Na galhada verde do ipê,  

a Rolinha alegre faz seu ninho.

Canário canta, lá no coqueiro,

o anu preto voa ligeiro.

O Chopim, um cara deslavado, 

ocupando a casa do vizinho.

Andorinha, toda alvoraçada, 

faz alegre sua revoada,

curtindo feliz o seu verão.

E o Carcará, muito traiçoeiro,

espreita, no alto do Pinheiro,

algo para sua refeição.

E a borboleta, indiferente,

ora voa alto, ora baixo, 

e deixa o jardim mais vibrante.

Essa faina tão alvoraçada, 

alegra os olhos e o coração.

Fico a pensar, onde aí me encaixo

faço parte dessa criação.


sexta-feira, 4 de setembro de 2020

O Sertanejo





(Letra de uma música escrita em 1978)


O Sertanejo,

Mora no meio da roça,

Numa pequena palhoça,

Perdida na grande mata,

E na tardinha pega a viola e ponteia,

Olhando a lua cheia,

Canta uma serenata.

E a cabocla, 

na janela contemplando, 

o seu amado cantando,

Tem vontade de chorar,

Pois ela sabe,

Que a voz que agora canta,

Não tinha nada na janta,

Para a fome matar.

A seca veio,

Queimando a sua roça,

Só ficou mesmo a palhoça,

Do caboclo altaneiro.

E na cidade,

Toda gente se esquece,

Nem mesmo faz uma prece

Pro caboclo brasileiro.


quinta-feira, 3 de setembro de 2020

No jardim



No jardim olho a  roseira,

vejo a rosa e o espinho,

Na beleza do viver.

A aranha tecedeira,

tem lá o mesmo pensar,

usa o espinho pra morar,

e a rosa pra se esconder.

quarta-feira, 2 de setembro de 2020

Amigos

(Versos em heptassílabo escritos em 2007)


Tenho amigos, muito poucos,

Mas guardo no coração.

Faço versos, meio loucos,

E ofereço com carinho,

A todos que no caminho,

Entrelaçamos a  mão.

Somos vento, somos água,

Nunca guardamos as mágoas,

Pois amizade é assim,

Viajar os mesmos sonhos,

Ora alegres, ou tristonhos,

Molhando o mesmo jardim,

Juntos na mesma oração.

Quadra em heptassílabos


Eu divido meus sucessos

Com as pessoas que estimo.

Mas, todos os meus fracassos,

Ficam calados comigo.


terça-feira, 1 de setembro de 2020

Só tenho saudade

(Versos livres escritos em 2016)


Daqui onde estou,

Por entre nesgas de céus que aparecem,

Nas nuvens escuras, 

e o sol há tempo apagou,

Vejo estrelas cintilarem saudades,

Bem antes das que por lá ensombrecem,

O tempo que replicou vaidades,

Terra minha que tão longe ficou.

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Palavras

(Versos livre escritos em 2016)


Palavras,

Semeiam areia na praia,

Raios de sol no amanhecer,

Vertigens de sombras na chuva,

Fogo que queima no entardecer.

Palavras,

Dão ao futuro esperança,

Embalam no colo a criança,

Fazem o coro na vaia,

Ou enaltecem o ser.

Palavras,

Fazem o mundo crescer,

Aumentam a ilusão,

Aquecem o coração,

Dão alento ao viver.

Palavras

São o impulso da vida,

Para o bem ou para o mal,

São a força dirigida,

Com sua energia total,

Na esperança e no querer.

domingo, 30 de agosto de 2020

O poder do querer

Se não temos com quem dançar, 
vamos tentar dançar sozinhos. 
Nós escolhemos os caminhos.
Se não temos com quem sorrir, 
vamos sorrir para nós mesmos. 
Pois felicidade é feita, 
de momento, feliz ou não,
porque nós mesmos fazemos.

Cicatrizes na alma

Aquele que perde alguém
importante em sua vida,
seja de que forma for,
perde o sorriso também,
pois a pessoa perdida,
o deixa como um amputado.
Tempo cura, tira a dor,
mas não volta a ser o mesmo,
jamais. Viverá a esmo,
pois sempre será infeliz,
e uma falta em sua vida,
e no coração calado,
uma enorme cicatriz.

sábado, 29 de agosto de 2020

Capacidade de amar


(Versos livres escritos em 2016)


Para sermos capazes

em algum momento de nossas vidas,

devemos ter em mente,

que precisamos ser conscientes,

em nosso caminhar.

Respeitar a Natureza

e os seres que nela vivem,

sejam animados ou não,

é nossa obrigação.

Afinal, ser capaz,

é lutar pela vida e pela Paz,

se esforçar em divulgar pelo mundo,

sempre indo mais a fundo,

nessa vontade de que a vida tenha,

para todos, 

fraternidade e amor.

sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Um mundo novo

A cada nascer do sol surge um mundo novo para ser explorado, vivido, olhado com carinho. Um mundo onde podemos pensar melhor sobre nossos atos, nossas tendências, nossos sonhos. Podemos pensar a cada amanhecer, se estamos fazendo tudo o que está ao nosso alcance para deixar um mundo mais limpo, mais arborizado, mais humano para nossos descendentes.

quinta-feira, 27 de agosto de 2020

A importância de amar

(Escrita em abril de 2015 em versos octossílabos)


Ser importante para alguém,

não é estar sempre presente,

porque mesmo estando ausente,

basta estar em um coração,

para se estar feliz também.

Ser importante para alguém,

é só se fazer doação,

e dar um pouco de carinho,

com palavras, ou um pouquinho,

deste seu tempo e atenção.

Um ser vivo apenas precisa,

de que alguém lhe mostre flores,

onde só se veem os espinhos.

Percebi que tudo na vida, 

só é feito com esplendores,

sem se importar com o caminho,

que precisemos de escolher.

Basta o coração querer.

quarta-feira, 26 de agosto de 2020

Saudade do Sul

 Tenho saudade de sentar num banco de praça, com um bom chimarrão em punho, e alguém que nunca vi sentar a meu lado e dizer: "me passa uma cuia", e o papo prosseguir por horas sem nem saber o nome um do outro. Saudade de dizer: "mas, bah tchê, que lindo dia", ou "que tal um churrasco mais tarde lá em casa?" Muita saudade mesmo.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Mulher mãe

(Escrito em maio de 2007)


Uma filha perguntou à sua mãe de 70 anos. 

- Mamãe, por que a pele enruga, os seios caem e o corpo fica flácido?

E a mãe respondeu:

- Porque nossa pele mostra as cicatrizes das dores que passamos, os seios caem porque amamentamos nossos filhos, e o corpo, cumpre a determinação da natureza. E isso acontece somente porque vivemos e ajudamos a viver.

A mulher Mãe é o símbolo Divino da abnegação e do Amor, pois quando nasce seu filho, passa a ser mais um farol nos arrecifes para iluminar o caminho de alguém. Só uma mãe conhece de verdade as necessidades dos que saem de seu ventre. Ninguém mais.

segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Caminhante

 (Versos livres escritos em 2006)

Sou caminhante
pelos meandros insondáveis do pensamento.
Nesta caminhada oscilante,
os sonhos se tornam constantes,
e deixo de lado meus intentos,
por cansar de insistir.

Os caminhos,
que me levam ao destino a mim reservado,
estão em uma estrada,
às vezes iluminada,
às vezes escura e o andar pausado,
mas que só a mim pertence, 
e a vontade vence,
porque a minha rota só eu mesma posso seguir.



domingo, 23 de agosto de 2020

Luz Interior

Todo ser tem o aspecto que herdou de seus ancestrais. Cabelo, sorriso, olhos, altura. Mas são poucos os que conservam o que receberam do Ser que verdadeiramente lhes deu a vida: A Luz interior!

Minha Curitiba linda

Praça Carlos Gomes vista do ap de minha irmã



Minha Curitiba linda

com muita chuva e flores,

o frio e seus esplendores,

quem sabe, verei ainda.

Por certo, em algum dia,

poderei ir até lá,

e a ver com muita alegria,

de saudade não chorar.

Curitiba, minha linda,

logo, logo, vou voltar.





sábado, 22 de agosto de 2020

Apelo da Natureza




(Escrito em versos livres em 2010)


Até o céu se transforma em chamas,

A natureza reclama,

Dos maus tratos que o homem lhe faz.

Há muito tempo algumas pessoas gritam,

Se agitam,

Para conscientizar uma minoria,

Que com ironia,

Derrubam, queimam, destroem a Paz.

Tiram, aos poucos, a vida,

De uma Terra perseguida,

Pensando só no dinheiro.

Mas o ouro não é tudo,

oh! Homem,

Pois dinheiro não se come.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

A espera



O sol se põe no horizonte,

deixando as coisas mais belas,

e a vida segue ao longe,

por caminhos que é só dela.

Sonhos que vem e que vão,

largos sorrisos se findam,

pois fica no coração,

não esquecidos ainda.

Vai o sol, finda-se o dia,

coração fica a espera,

que o amor ainda sorria,

e não seja só quimera.

A alma tem a esperança,

de voltar a ser criança.

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Doces momentos

(Escrito em  03/04/2009 - versos livres)


Doces momentos se fazem na convivência,

com consciência,

e com quem se ama, 

quer sejam amigos, parentes ou amores,

de acordo, como a alma chama.

A felicidade está aí, nesses instantes,

que, algumas vezes, nunca mais voltam, 

nem em rumores,

mas deixam no coração a beleza,

de os termos vivido,

em momentos idos.

Se a vida traz alegrias e aproveitamos delas, 

o nosso mundo, no dia a dia,

fica mais vibrante, 

mais intenso e inebriante.

Nada faz tão bem ao coração como a felicidade,

e esta, é feita desses momentos doces que passamos,

pura verdade.

O caminhar pela vida revela aos nossos sentidos,

a melhor maneira de obtermos o segredo

de reter essas sensações, 

para sempre em nossas lembranças.

Com muita esperança.



quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Deus e eu


Nasci, cresci,

trabalhei e vivi.

Levo no coração a alegria

de ter amado muito, todo dia.

Tenho pleno conhecimento,

Que as dádivas de suprimento,

Que recebo para viver,

E a felicidade de saber,

o que quero, e o que fazer,

não posso dizer que são meus,

E sim, que tudo vem de Deus.

terça-feira, 18 de agosto de 2020

Voando sobre as nuvens

(Escrito em 2016 com versos Alexandrinos)


Existe um mar, de ar, por entre as nuvens frouxas,

pensamento navega com avidez cúpida,

E meu sorriso encaixa no azul fremente,

Assim, minha alma enlaça a frialdade lúcida.

Voo, e este momento vai virar fugaz,

Já que meu querer tem, e verdadeiramente,

Poder supremo e único de ser capaz,

Neste voo leve, de meu sonhar luzente.



Tempestades

(Versos livres)


Por trás das nuvens, 

ainda está o sol,

por mais escura que seja a noite,

ainda virá  o arrebol.

Por mais que a chuva açoite,

na mais negra tempestade,

sabemos, 

que  logo virá a amenidade,

pois nada é para sempre,

esta é a verdade.



segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Nossa Senhora

(Escrito em 2000)


Linda que és Maria,

Você sabia,

Que mais linda não há?

Mais bonita, 

Tão catita,

Como a flor de maracujá.

Deixa o cheiro

No terreiro,

E o canto do sabiá,

Faz da lua,

Que é só sua,

Um eterno sonhar.



domingo, 16 de agosto de 2020

Caminhantes por uma estrada estranha

(Escrito em 2006)

Somos caminhantes por uma estrada, onde muitas esquinas se cruzam e nos fazem mudar o rumo. Algumas vezes porque queremos, outras, por necessidade. Deixamos coisas ou fatos dirigirem nossas vidas, sem muito pensar no que vai acontecer lá adiante.

O ser humano é mutante em seus sentimentos por natureza. Em um momento quer insistentemente determinada coisa, no outro instante já muda seu querer. Basta um olhar, e o querer já mudou. E isso se aplica em todos os setores da existência humana.

É difícil alguém dizer que está plenamente satisfeito com tudo que tem em sua vida. Sempre haverá alguma coisa que gostaria de mudar. E é este o motivo pelo qual o mundo muda, progride, desenvolve, ou fenece. É esta inconstância humana que faz as coisas acontecerem. Para o bem ou para o mal. Os casamentos, as separações, as grandes invenções, as guerras e quem sabe, destruir o planeta azul.

Não são poucas as vezes em que provocamos acontecimentos irreversíveis, como sujar o planeta e o espaço. Outras tantas vezes, criam-se coisas maravilhosas que nos são úteis pela vida afora.

Ah! Esse homo sapiens!

Vagando alheio por estradas estranhas, sem muito atentar pelas pegadas que deixa por esses caminhos e as consequências de seus atos. Doa a quem doer, mesmo que venha atingir a si mesmo, e aos seus.

Dominar a mente e a si mesmo, eis a questão.

sábado, 15 de agosto de 2020

Paixão (Indriso)


Ela vai nascer na alma,

Aparecer no olhar,

Resplandecer no sorriso.


Faz o coração pulsar

Discernimento é preciso,

Para quem quiser sonhar.


Só o silêncio acalma,


por ela se perde o juízo.

sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Seu filho

(Escrito em 2015)


Amamentar o seu filho,

um sublime acalentar,

ver nos olhinhos o brilho,

felicidade ao ninar,

e um futuro caminhar.

Qual mãe não fica feliz,

vendo este doce sorriso,

e esse sorriso lhe diz,

no momento dessa pausa,

mamãe, me ensinou amar.

quinta-feira, 13 de agosto de 2020

Flores e borboletas

(Quadra)


Natureza tinge as flores

Com a Divina paleta,

Ninguém sabe como faz

Só sabem, as borboletas.

A vida do dia a dia

(Prosa poética)

Sem rodeios, sem escalas, sem muito floreio. Assim é a vida no dia a dia. Não tem como ser diferente. Todos lutam, todos tentam, poucos conseguem. O sucesso depende de cada um. De como pensamos, de como agimos, de como tratamos o presente. Porque só dele depende o futuro de cada um. A esperança que está no olhar de um, está também no olhar dos demais, embora nem todos procurem a mesma meta. Mas todos tem um desejo, e um lugar para chegar.

Escolhas do coração

(Versos livres)


As escolhas que fazemos

nos levam pelos caminhos que trilhamos,

às vezes certas, outras não,

mas refletem os desejos que temos.

Se por verdes campos andamos,

com alguém segurando nossa mão,

nos sentimos seguros caminhando.

Ou quem sabe, por caminhos áridos,

apenas com nossa sombra acompanhando,

ficamos tristes e sentimos solidão.

Tudo é muito válido,

pois será sempre nossa escolha,

mesmo que nos envolva uma bolha de sabão.

O certo é seguir em frente,

dando importância apenas,

às escolhas do coração.





quarta-feira, 12 de agosto de 2020

A Paz que almejamos



Escrito em 06/08/2009


Sabemos que o mundo é feito por nós, mas esquecemos de construí-lo como se deve.

Nos perdemos nas chamadas maravilhas dos novos tempos, e esquecemos de que a simplicidade faz parte de nossa caminhada, e que nenhum motivo se faz superior ao nosso querer.

Nosso coração insiste em ser o mesmo desde que o homem foi criado, desafiando os fios e cabos da nova era, mas fazemos de conta que ele deixou de ter a sensibilidade que Deus lhe deu.

Esquecemos que a Paz que almejamos está dentro de nós, e só pode ser construída por nossos atos. E estes, são o reflexo de nossos pensamentos.

terça-feira, 11 de agosto de 2020

Quadra em heptassílabo


Na vida somos parceiros

De todos que aqui estão.

Nos momentos derradeiros

Não existe distinção.



segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Canto tristonho



Jogo de cores,

Com essas flores,

Danço sozinha,

Na grama fria,

Parece um sonho,

De meus amores,

Sabiá gorjeia,

canto tristonho.


Quem sabe

 (Versos eneassilabos)


Amanheci com esta saudade,

De coisas, nem sei o que são,

aparecem, assim, na lembrança,

Nem sei se era quando criança,

Apenas vem, quando na verdade,

Saem velozes, do coração.



Bom seria, se eu estivesse,

Nesses lugares, desses meus sonhos,

de onde vem saudade de outrora. 

Então, talvez, quem sabe eu pudesse,

Dar aos meus olhos, hoje tristonhos,

Nova alegria, e uma nova aurora.




domingo, 9 de agosto de 2020

A vida


O nascer do sol;

a brisa suave;

cor do girassol;

o voo da ave;

as flores nascendo;

crianças brincando;

rosas florescendo;

os seres amando.



sábado, 8 de agosto de 2020

O que é a felicidade

A felicidade depende apenas de minha própria decisão. Se está frio, agradeço por poder usar aquele casaco que há muito não usava. Se faz calor, agradeço e uso aquele vestido florido e bonito, pois acho que me fica tão bem. Se chove, agradeço pelo verde e pelas flores que exuberantes exalam o perfume da alegria. Se faz seca, agradeço pelo céu azul que deixa meus olhos e minha alma lavados pela imensidão. Ser feliz, depende apenas de mim.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Literatura



A literatura nada mais é que, um versátil meio de comunicação entre as pessoas, desde os primórdios da vida. Seja em versos ou em prosa.

A mais remota forma de comunicação que se conhece, são alguns desenhos em paredes de pedra nas cavernas encontradas por antropólogos, foi a maneira que nossos ancestrais puderam nos fornecer conhecimento de suas vidas, seus afazeres, suas andanças pelas pradarias, ou pelos caminhos gelados da era do gelo. Esses desenhos nos trouxeram o conhecimento e a sabedoria daquelas eras distantes. Se analisarmos com carinho, veremos além da informação lógica, a poesia emanada daquelas mentes poéticas de outrora. E, desde então, a literatura foi se desenvolvendo com um caminhar lento, mas seguro, para chegarmos ao patamar das grandes obras que conhecemos, dos grandes talentos que se destacaram ao desenrolar dos séculos. Hoje, na era cibernética, achamos tão lógico e fácil poder lançar no cosmos, através da tecnologia, tudo o que pensamos sobre a vida e sua manifestação, em prosa ou em verso. 

Alguns verbetes dizem que "A literatura é o uso estético da escrita, arte literária." 

Para o poeta ela se resume em arte literária que lhe permite expressar seus sentimentos em forma de versos. Para o proseador ela é as duas coisas, uma forma de expressar seus conhecimentos e sentimentos de forma correta, com escrita culta.

Literatura em suas diversas formas, infantil, de cordel, contos, romances, crônicas, médicas, científicas, entre outras formas, foi e sempre será, a maneira de expressão e comunicação entre o escritor e as mentes receptivas do que ele tem a dizer sobre a vida, suas belezas ou tristezas, e. acima de tudo, o conhecimento.

A literatura é a forma mais estética da comunicação humana.


quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Silêncio

Chuva fininha cobre a grama de prata,
este  sol se esconde nas nuvens escuras,
a saudade de alguém, aos poucos, nos mata,
coração não esquece a amada figura.

Uma vontade de sair mundo afora,
saudade, silêncio, me restam agora.

Dúvidas

Em algumas ocasiões duvidei que existisse algum ser maior. Mas, tanta gente falava que sim, que a Força Maior do Universo estava aí para nos incentivar pelas caminhadas da vida, e que essa força era o Deus de nossos corações.
Então percebi, que Ele, o Deus de meu coração, enviava seus Anjos e Santos para me ajudar nas horas difíceis da vida, e debaixo de suas asas andei protegida, e que Maria, escolhida para ser a Mãe de Seu Filho, intercedeu por mim nos momentos que eu mais precisei. Como não crer com tantas evidências a meu dispor?
Só preciso amar a todos, como Ele nos amou.